Não decida que quer amar e ser amado, se não estiver disposto a se machucar.

Amar é salto de fé, você confia e pode ser imensamente feliz, ou pode sofrer e ter seu coração despedaçado.

A questão é que você só tem resultados naquilo que tentar, sem tentativa não tem erro, mas também não tem acerto, concorda? Quem muito se protege das coisas ruins, não consegue coisas boas também, pela mesma porta que entram as tristezas, também entram as alegrias, se estiver fechada você estará seguro, mas será que vale a pena?

Eu aprendi na vida que sem risco, não tem como evoluir, você vai visitar lugares escuros as vezes, vai doer amar alguém, vai ser penoso e em muitos casos até mesmo desastroso, mas só vai dar certo se você estiver disposto a correr os riscos, a testar a sorte, a estar aberto ao fracasso.

Eu tomei a decisão de me casar com o meu melhor amigo, eu não tinha muito o que esperar, eu não tinha muito no que apostar, mas após um retiro de 5 dias e madrugadas inteiras com os olhos abertos, em uma barraca de acampamento, após uma experiência anterior fracassada (namoramos anos antes e não rolou), eu decidi que ia lutar uma guerra e viver esse amor e eu lutei, e faz quase 10 anos que eu vivo um casamento, as vezes maravilhoso, as vezes desafiador, mas todo dia acreditando em nós, na família que construímos e no amor que nasceu há mais de 20 anos, na primeira pessoa por quem eu me apaixonei, no cara que ninguém apostaria, fui lá e aceitei e eu não me arrependo, nem quero desistir.

Não é um conto de fadas amar, você vai bater de frente com muros o tempo todo, vocês não vão ter sintonia infinita, vão decepcionar um ao outro, mas se você souber aguentar as tempestades, terá com quem se enrolar numa coberta e tomar um café, enquanto vê TV e olha o mundo pela janela do seu lar, sabendo que vai ter com quem envelhecer e isso vai valer cada tempestade.

E não... não é só de amor romântico que eu falo, eu sou mãe e esses espinhos estão lá também, o tempo todo, machucam, você sente um caos a sua volta, mas se agarra a amar aquele serzinho e isso, por algum motivo, sabiamente, é o suficiente, pra fazer valer a pena.

Então ame e não deixe nada dissuadir você de amar alguém, se quebrar a cara, paciência, não é todo mundo que vale a pena amar, mas isso não é culpa sua, isso é espinho do outro, não deixe que a dor que te infligiram, defina o quanto VOCÊ é capaz de amar. Afinal não podemos deixar de colher as rosas, só porque elas tem espinhos.




 


O que você vive e aprende, anda com você. Ao longo de toda nossa vida, vamos acumulando coisas, vivendo e guardando as coisas na nossa bagagem, mas já parou para olhar o que tem lá? Já se pegou avaliando o tanto de tralhas que carregamos por aí?

Tudo que vivemos gera um souvenir, uma pequena lembrança para o futuro, mas nem tudo precisamos guardar, tem coisas que faziam sentido guardar no momento, mas ai evoluímos e não faz mais sentido levar, como roupas que não nos cabem mais, só estamos tão apegados que não queremos nos desfazer.

Levar esse monte de coisas pra todo lado cansa, gera estresse e muita dor de cabeça, tem coisas que temos que explicar na alfândega, que nem sabemos mais o que é ou porque está lá, tem coisas que nos geram vergonha, outras que desmerecem a nossa maturidade, igual aquele e-mail constrangedor, que você tinha na adolescência e fica estranho passar pro novo chefe, no emprego novo.

Tem horas que essa bagagem toda, dá excesso de peso e temos que pagar um preço, por sermos tão acumuladores. A pergunta é: Para que serve levar tudo isso? 

Vamos fazer um trato? Eu vou agora mesmo, revirar a minha bagagem e me desfazer de tudo aquilo que não é mais útil pra mim e você faz  isso também, chega de arrastar essas coisas por aí, de passar perrengue tentando encaixar uma mala enorme em espaços que ela não cabe, só pelo apego das inúmeras fases que  a gente viveu, a regra é clara, se não me representa mais, vai pro lixo.

Eu prometo, esse processo pode até ser cansativo e desgastante, mas vai valer a pena, você verá com muito mais clareza as coisas a sua volta e isso vai ser libertador, vai entender que o normal não é o caos e sim a organização, vai saber se respeitar mais, se ouvir mais e se sentirá muito mais leve.

Confia em mim, pra onde você vai não precisa levar tudo isso, mesmo porque, quando chegar lá, vai precisar de espaço pra guardar as coisas novas que você vai adquirir. 

  Por que eu sou Professor



Parei em frente a porta, respirei fundo e entrei, vários jovens rostos me olharam curiosos. Era o primeiro dia do semestre, minha chance de cativar as jovens mentes, que estavam ali em minha frente. 
Me apresento a eles, Roberto Gullier, 48 anos, solteiro, sem filhos e professor de escrita criativa por afinidade, eles riem e eu continuo explicando a dinâmica desta primeira aula, cada um deve se apresentar de forma criativa, exemplifico dizendo que podem cantar, fazer teatro, plantar bananeira ou qualquer coisa nada convencional que lhes vier a mente, eles me encaram incrédulos, digo a eles que podem se oferecer, mas que todos deverão se apresentar, caso demorem começarei a chamá-los por ordem aleatória da chamada e eles arregalam os olhos, ainda mais incrédulos, enquanto eu escondo a boca com a mão abafando um sorriso.
O primeiro a se apresentar é um garoto franzino, tem cerca de 1,65 de altura, cabelos castanhos, usa óculos de grau, aparentemente alto, moletom com várias referências de games, jeans surrado e tênis, ele se apresenta como personagem de RPG online  e eu fico contente, porque essa é nova pra mim.
O segundo a se apresentar é outro rapaz, ele escreve no quadro imitando um professor severo e eu dou risada, é um daqueles rapazes populares e divertidos, que fazem sucesso por sua espirituosidade. 
A terceira a se apresentar é uma garota, ela usa charadas de referência e faz com que os demais interajam, respondendo as perguntas e descobrindo seu nome e demais informações por enigma. 
E assim, um a um vai se apresentando. Quando o último se apresenta, eu me levanto e bato palmas, agradeço a colaboração de todos e digo que fiquei impressionado com a criatividade deles.
Começo então a mencionar a forma como vamos trabalhar, minha disciplina envolve criatividade, sendo assim a maioria das atividades será de improvisação, darei temas e eles terão de desenvolver textos com estes temas, confesso que tenho ideias loucas para os temas, que eles devem vir as aulas de mente aberta e desprovidos de padrões, porque não vou facilitar para ninguém. 
Eles ficam com aquelas expressões penalizadas, entre o medo do que virá e excitação de poder criar sem limites.
A aula finalmente termina e os alunos se vão, arrumo minhas coisas e vou para casa, pensar nas propostas da próxima aula.
Uma breve introdução, sobre quem sou e o que faço, acho que ficou bastante claro na verdade, mas quero aqui explicar alguns dos meus motivos, para ser quem sou.
Meu nome, como disse, é Roberto, tenho 48 anos, sou formado em jornalismo e letras, tenho várias especializações e um mestrado em literatura. Comecei a me interessar por escrita criativa quando era universitário de jornalismo, a matéria surgiu e eu fiquei fascinado em trabalhar com improvisação, desde então comecei a me especializar e hoje, sou professor bem cotado, com uma bagagem que faz de mim muito qualificado.
Decidi seguir carreira acadêmica, por amar a sala de aula, sou apaixonado pelas jovens mentes prontas a serem moldadas, gosto de estimular eles a pensarem fora da caixa.
Meus exercícios, são os mais loucos e bizarros possíveis, às vezes coloco uma imagem no slide e peço que escrevam qualquer coisa sobre ela, um texto, conto ou poesia. Às vezes, pego um dicionário, passo de carteira em carteira, pedindo que me falem uma letra qualquer, então escolho uma palavra aleatória e peço que escrevam algo sobre ela, muitas vezes eles sequer sabem o significado, então digo apenas "não importa escreva com o significado que quiser, mas não olhe na internet o significado real". Às vezes, levo vários panfletos de lojas e supermercados, então escolho uma oferta e peço que escrevam algo sobre ela.
São tantas as opções de escrita criativa, as possibilidades são infinitas e o melhor, os alunos não costumam entregar coisas muito próximas. 
Dou nota por critérios, ortografia e concordância valem cerca de 20% da nota, controle e desenvolvimento das ideias de forma satisfatória, rendem mais 20% da nota e os demais 60%, são de criatividade e originalidade, costumo deixar claro, que quanto mais genérica a ideia, menor será a nota, por exemplo: Peço um texto sobre uma lata de milho, o mais comum, é falar que ela será usada em um jantar importante e o foco se perde, indo para pessoas, que estão utilizando o objeto de criação (a lata de milho), então essas pessoas levam notas mais baixas, em detrimento daqueles que contam a história do milho ou, até mesmo, da lata.
O mais divertido no meu trabalho, é ler as mentes que me cercam, algumas possuem travas severas e simplesmente, não conseguem produzir coisas muito inovadoras nas primeiras atividades, outras, são extremamente loucas e apresentam níveis de criatividade incríveis, entregando materiais extraordinários, há aqueles que desenvolvem ideias simples de modo organizado e limpo, trazendo textos de muita qualidade, enquanto outros, apresentam ideias muito interessantes, mas que não conseguem desenvolver de forma satisfatória, outros, simplesmente tem ideias inovadoras e as desenvolvem lindamente. 
Porém, o que eu mais amo em lecionar é muito simples, eu chego no primeiro dia de aula e faço minha apresentação especial, faço inúmeras anotações em meu caderno, com os nomes dos alunos e suas capacidades de se expressarem, então eu crio um mapa mental de como desenvolver cada um deles, tento ao longo do semestre usar essas breves anotações, para lapidar os meus alunos, por mais que deseje que meus escritores saiam da minha aula mais criativos, não posso pedir para o garoto dos games, escrever sobre roupas de grife ou algo assim, obviamente, manipularei algumas atividades, em favor das capacidades de cada um. 
Acredito que, não há limitações para nossa capacidade, mas que devemos sempre estimular as afinidades, as pessoas quando escrevem gostam de ter empatia com aquilo que estão desenvolvendo, poucas são as pessoas que, por exemplo, nunca tiveram filhos e poderão criar um relato realmente visceral, sobre esta experiência. É possível, com toda certeza, conheço pessoas que fazem esse tipo de coisa, pessoas que não vivem as coisas que escrevem, mas possuem tamanha criatividade, que podem enganar qualquer leitor, ao ponto de ele se confundir sobre a veracidade de um relato, por exemplo, mas a maioria das pessoas, começa por afinidade e por isso, eu costumo tentar ajudar meus alunos, a desbloquearem suas mentes, a partir de coisas mais simples e ir dificultando aos poucos.
No fim do semestre, nas últimas aulas, eu faço uma brincadeira, entrego uns aos outros seu primeiro e último texto e peço que percebam como os colegas evoluíram em sua escrita, mesmo os mais conservadores, acabam produzindo coisas mais ousadas ao longo das aulas e isso, é o melhor pagamento, e é por isso, que pretendo permanecer até a velhice como professor.

Atenciosamente
Roberto Gullier

 


A primeira premissa que devemos ter na vida é a seguinte, você precisa enxergar a si mesmo como você é, a sua edificação é em grupo, mas a sua salvação é individual, resumindo você precisa muito das pessoas a sua volta, mas você é responsável por suas próprias decisões.

Temos que ter em mente, como nos posicionamos diante das coisas. As vezes temos alguns medos e receios que não nos deixam seguir em frente, nos enfiamos no poço das depreciações e depressões e acabamos ficando lá, tanto tempo, que esquecemos de voltar a tona, como uma história meio boba de uma pessoa que morreu afogada em meio cm de água, porque estava com demasiada preguiça de tirar o rosto dessa quantidade mínima de água. Muitas vezes, somos assim, nos afogamos na poça, as vezes enxergamos as coisas de modo errado quando na verdade nem é.

Temos a mania do “ e se” e se eu me arrepender? E se eu me machucar? E se eu errar? E se eu não for feliz? E tantos outros e se que falamos ao longo da vida, a negatividade de acreditar que tudo que é bom dura pouco, e que você não pode nem aproveitar pra não se decepcionar. Pensa um pouco, em todas as coisas que você perdeu fazer só por causa do “e se” quantas barreiras você já colocou, quanto você já se limitou só por causa dessa pequena expressão? Qual o “e se” que você mais repete? 

Uma parábola (essa pequena parábola é de minha autoria) 

Um dia perguntaram para um homem versado, um grande professor com as melhores especializações, dando aula em uma das melhores universidades do mundo, o que era a fé, ele fez toda uma pesquisa, buscou fatos explicativos, montou uma apresentação digna de um congresso internacional, para explicar, em termos extremamente complexos, o que era a fé. Todos os presentes ficaram impressionados com as palavras do professor, mas na plateia havia um homem, muito humilde que se levantou e disse “Senhor me desculpe, mas eu não consegui encontrar a fé em suas palavras”.
O professor ficou indignado e disse “O senhor está louco? Eu expliquei exatamente o que é a fé!” e o homem respondeu “O senhor que está louco, falou muitas coisas interessantes, mas não falou o que realmente é fé” O professor bastante alterado disse para o homem “Então se eu não disse o que é fé por que não sobe aqui e diz o que sabe?” O homem então se levantou e foi, até onde o professor estava, pegou o seu microfone e começou a falar.
“A fé nada mais é do que acreditar, sempre acreditar. É fé quando você espera o impossível, é fé quando uma mãe sabe que pode não conseguir segurar seu filho nos braços por alguma complicação na gravidez, é fé quando você olha uma pessoa e enxerga nela grandes coisas que poderá um dia fazer, é fé quando uma criança perde seu animal de estimação e acredita que ele vai para o céu, é fé  quando algo tem todas as chances de dar errado e mesmo assim você vai lá e tenta porque acredita que dará certo. É fé quando você olha nos olhos das pessoas que você ama depois de ter cometido um grande erro com ela,  e ela ainda te ama mesmo assim, é fé quando Deus te vê atolado na lama dos seus pecados e ainda acredita em você.
Você pode ter fé, qualquer um pode, mas é preciso mais que apenas palavras difíceis pare explicar, porque a fé é uma coisa que não se explica, ou se tem ou não se tem,  e mesmo quando você estiver sem a sua fé Deus ainda terá fé em você”
Naquela noite, todos no lugar choraram, vendo um homem humilde derrubar um professor renomado com palavras simplórias, porque há coisas das quais falamos que não é preciso ser pomposo ou cheio de conceitos, há coisas tão simples, que as nossas teorias humanas e falhas não podem explicar.
E é por isso minha gente que o post não se chama  fé e sim acreditar, porque fé é o sentimento que você tem e acreditar é a atitude que te leva até ela, logo meu amigo, para ter fé, você antes de tudo precisa acreditar, e por que não começar por si mesmo?

Pense nisso...